Motocicleta interessa não só a quem pilota, mas de quem trabalha nesse mercado. E as mulheres entendem cada vez mais do assunto. A Laquila é uma empresa paranaense de motopeças comandada por três mulheres: Rosy Souza, diretora-executiva, junto com a irmãs e sócias-proprietárias Iael Trosman, gerente de Suporte Comercial, e Érica Trosman, gerente de Desenvolvimento de Produto.
Outros cargos de coordenação e gestão são ocupados por mulheres, entre eles as gerências administrativa, financeira e comercial. E 50% dos colaboradores são do sexo feminino. Na fábrica, a preferência é das mulheres.
A ideia, diz Iael, não é só ter mulheres, mas com o foco nas competências, dar oportunidade para todos.
Para chegar aos postos, Rosy, Iael e Érica tiveram que superar barreiras, principalmente ao lidar com a importação de produtos e enfrentar preconceito nas tradicionais feiras. “Há 12 anos, quando eu comecei, havia preconceito. Na China, era comum falar e ser ignorada. Eu aprendi a me posicionar e, se for necessário, bater na mesa para ser ouvida”, conta Iael.
O caminho seguido pela empresa sob o comando feminino está rendendo bons frutos. De 2020 até o momento, a Laquila registrou crescimento de faturamento de 25%.
O reflexo também está nos produtos: todo o portfólio da TEXX, marca de vestuário e acessórios, está disponível para homens e mulheres. “A gente desenvolvia itens pensando no marido que gostaria de presentear a esposa. Agora, nós criamos e produzimos já pensando no público feminino. Isso faz com que haja um resultado melhor no caimento e no conforto da mulher”, explica Érica.
E uma curiosidade, com o movimento inverso: o desenvolvimento de acessórios femininos pensados para as mulheres atraíram e inspiraram também a coleção para homens.