O aluguel de veículos registrou crescimento de 7,8% em 2021 em relação ao ano anterior, de acordo com a associação que representa as locadoras, a Abla. A atividade atingiu faturamento bruto anual recorde de R$ 23,5 bilhões, valor referente apenas à locação (não inclui a revenda de seminovos).
Em 2021, a entidade anotou 50,1 milhões de usuários, avanço de 12,3% sobre 2020. Também houve expansão de frota, de 12,8% encerrando o ano com 1.136.517 veículos – automóveis e comerciais leves.
Apesar da crise que paralisou as fábricas e provocou a falta de produtos, 441.858 modelos zero-km foram emplacados pelas locadoras. Para se ter ideia, esse volume representa 25,5% de tudo o que foi licenciado de autoveículos em 2021. Porém, em 2019, as locadoras haviam comprado 541.346 unidades.
Curioso é que parte desse bom desempenho se deve à mudança de regras da lei de emissões: com a exigência de que veículos que passassem a atender às normas L7 do Proconve a partir de 1º de janeiro, a indústria precisou desovar veículos L6 e direcionou estoques às locadoras.
Para equilibrar os negócios, o segmento calcula que precisaria de mais 600 mil veículos este, mas a expectativa, diante das atuais dificuldades da indústria, é de conseguir emplacar por volta de 400 mil. Por causa desse déficit, a frota que em 2019 tinha idade média de 14,9 meses saltou para atuais 27,4 meses.