A Ford deixou de produzir veículos no Brasil em 2021, mas nem por isso deixou de investir no país. É que a marca norte-americana decidiu manter em Camaçari (BA) um Centro de Desenvolvimento e Tecnologia e só neste ano estima gerar receita de R$ 500 milhões com serviços exportados.
A Ford conta com a colaboração de 1.500 engenheiros que atuam em projetos globais da marca, apoiados em pilares de eletrificação, sistemas de conectividade e veículos autônomos.
O Brasil representa um entre 9 centros de engenharia espalhados pelo mundo. Daniel Justo , presidente da Ford América do Sul, ressalta a versatilidade, criatividade e experiência dessa mão de obra nacional, que hoje trabalha a maior parte do tempo em projetos globais.
Entre os exemplos que ele citou está o trabalho deste time no design dos futuros veículos elétricos da Lincoln, marca que nem sequer está à venda por aqui. A equipe também trabalha nas próximas gerações de sistemas multimídia de veículos Ford.
O time brasileiro também é responsável pela criação e aprimoramento de um terço das funcionalidades embarcadas, a exemplo do “One Pedal Drive” do Mustang Mach-E – que permite dirigir usando apenas o acelerador, sem acionar o pedal do freio – e da “Zone Lighting”, que controla as luzes externas da F-150, inclusive da Lightning, sua versão elétrica.
No desenvolvimento de veículos autônomos, os engenheiros brasileiros contribuem o posicionamento de sensores, radares e câmeras e em projetos da limpeza desses sistemas, já que rodam em carros sem motorista.
A Ford possui cerca de 2 mil funcionários brasileiros que estão em Camaçari, no Campo de Provas de Tatuí (SP), além de hubs em Salvador, São Paulo e Pacheco, na Argentina, onde produz a picape Ranger.