Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br e do canal Via Digital Motors no YouTube.

Uma pesquisa da DS Automobiles, fabricante de veículos esportivos do grupo Stellantis, indicou que a maioria dos proprietários de carros elétricos e híbridos se sentem menos estressados ​​​​ao dirigir do que os donos de carros a gasolina ou diesel.

A partir de uma pesquisa com 2.000 motoristas do Reino Unido em maio passado, concluiu-se que mais de 78% experimentaram estresse ao dirigir. No entanto, 38% dos proprietários de carros elétricos e híbridos disseram que seu carro atual os faziam se sentir menos estressados ​​do que os carros anteriores a gasolina ou diesel que possuíam.


Segurança, silêncio e conforto
O estresse pode ser risco à segurança: 31% daqueles que experimentaram essa reação, admitiram que tiveram afetada sua capacidade de dirigir, ​​ficaram mais propensos a tomar decisões precipitadas e prestaram menos atenção a riscos potenciais.

Entre os recursos que os motoristas citaram considerar mais eficazes na redução do estresse, 41% dos entrevistados ressaltaram a condução silenciosa. Outros 52% citaram que o interior confortável também reduz as tensões.

Ainda assim, 51% disseram que a experiência geral de comprar e possuir um carro estressante.


Esqueceram de alguns detalhes
Interessante a pesquisa, mas parece ser daquele tipo “vamos divulgar apenas o copo meio cheio”.

Em nenhum momento desse estudo há referências sobre excesso de distrações ao volante ou, mais ainda, o estresse em ver o nível de bateria caindo e você não achar nenhum eletroposto por perto, ou esperar horas para carregar o carro ou chegar finalmente a um eletroposto e encontrar uma inesperada fila.

O rodar com silêncio e todas as tecnologias agregadas de segurança, conforto e conectividade sem dúvida trazem bem-estar a bordo de carros elétricos. Mas só citar o lado bonitinho do relacionamento frustra quem busca mais informação. 

Vamos aguardar as próximas (e mais imparciais) pesquisas que vierem por aí.

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