A BMW confirmou que a planta de Araquari, em Santa Catarina, vai produzir as novas gerações da Série 3 e do X1. Engenheiros brasileiros apoiaram o desenvolvimento global dos veículos.

“Com 50% de participação do mercado premium em junho, antecipamos este anúncio de forma a agradecer a preferência dos clientes e a valorizar os cerca de 1.000 colaboradores que temos no país”, afirmou Aksel Krieger, CEO e presidente do BMW Group Brasil.  “Os modelos BMW Série 3 e X1 possuem mais de 25% do mercado total de automóveis premium do país”, disse o executivo.

Os dois modelos foram apresentados ao mercado europeu há apenas 2 meses. Enquanto o sedã terá fabricação iniciada em setembro, a do X1 ainda não foi anunciada. A produção nacional faz parte dos investimentos anunciados no final do ano passado de R$ 500 milhões no Brasil.

Além do Série 3 e X1, o complexo em Santa Catarina ainda produz os SUVs X3 e X4.

O que muda no Série 3 e no X1

Por fora, o novo sedã recebeu atualizações em faróis, para-choque e grade frontal. A maior novidade está no painel: o quadro de instrumentos (14,9”) e a central multimídia (12,3”) estão integrados, com as telas em uma ampla moldura flutuante.

Sob o capô, o Série 3 deve manter as atuais motorizações, já que os executivos descartaram, por ora, eletrificação made in Brazil. Hoje o BMW é equipado com o motor 2.0 turboflex de 184 cv.

Já o SUV compacto X1, que só deve chegar em 2023, teve o desenho atualizado, com novos faróis e grade. Atrás a janela foi reduzida. Com estilo mais esportivo, o BMW X1 ganhou rodas de 20” e está maior, o que ampliou seu espaço interno. A central multimídia BMW iDrive 8 conta com telas de 10,25” (instrumentos) e 10,7” (central).

Lá fora, o SUV ganhou versão totalmente elétrica. Aqui, executivos desconversam, mas em Araquari deve ser montado o SUV com o mesmo motor 2 litros turboflex de 192 cv da geração anterior.

A fábrica em Araquari

A infraestrutura local abriga processos completos de produção automotiva com áreas de carroceria, soldagem, pintura, montagem e logística, como também laboratórios, prédios administrativos e auxiliares. Além disso, a unidade nacional, que é a maior fábrica de veículos premium do continente, é co-sede, juntamente com o escritório da empresa em São Paulo, do único Centro de Engenharia Global do BMW Group na América do Sul.

Em Santa Catarina os dois carros passaram por testes de resistência de motores e seus componentes são feitos em todo o Brasil para apoiar o trabalho da engenharia mundial. Uma das principais mudanças no X1 e no Série 3 é a adaptação e validação do sistema de powertrain, para atender às novas exigências brasileiras do Proconve L7.

O desenvolvimento da equipe de engenharia brasileira do BMW Group não se restringe aos componentes mecânicos. Assim como aconteceu com o elétrico BMW iX, uma parte dos engenheiros ficou responsável por testar e validar todo o sistema de entretenimento do novo X1 e do novo Série 3. Dois protótipos foram construídos para testar os sistemas. O sistema do novo BMW X1 foi aplicado em um BMW X5, enquanto o Novo BMW Série 3 usou uma carroceria do modelo atual como veículo de teste.

Ao todo, foram percorridos quase 45 mil quilômetros de testes, passando por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, além dos testes de laboratório.

Com direção central na Alemanha, o Brasil é um dos cinco centros de desenvolvimento da Engenharia da BMW (os outros estão nos EUA, China, Japão e Coreia do Sul).  As observações reportadas pela equipe brasileira contribuem para a resolução de problemas dos novos produtos BMW não só para o mercado brasileiro, mas para o mundo todo.

Novo BMW Serie 3 passa por testes – foto BMW

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